LP Capim Verdão (Daudeth Bandeira e Benoni Conrado)

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sábado, 10 de janeiro de 2009

NORDESTINAÇÃO

Daudeth Bandeira

Maranhão, no nordeste do país,
É estado de credibilidade
Deve ter representatividade
Que enaltece o valor de São Luiz
Sua grande cidade Imperatriz
Se mantém numa ótima posição,
Bacabal, Capinzal, formosas são,
Grajaú, Dona Inês, Codó, Caxias,
A cidade que deu Gonçalves Dias
O maior menestrel do Maranhão.


Terezina cresceu, eu percebi,
E é de puro mister que ela exiba
O valor que existe em Parnaíba
Picos, Campo Maior, Piri-Piri.
O romântico sertão do Piauí
De baixios chapadas e alcantis,
Fez Domingos Fonseca ser feliz
Palmilhando as estradas do destino
O maior repentista nordestino
E um dos grandes poetas do país.


Fortaleza, do herói Dragão-do-mar
Tem o brilho dos olhos de Iracema
Seu passado se envolve no poema
De Raquel de Queiroz e Alencar.
Seu presente lhe deixa singular
Com a modernidade que lhe veste
Desde as praias: do sol e leste-oeste,
Seus verões, seus invernos, seus luares
Fazem-lhe capital dos verdes mares
O cartão de visitas do nordeste.


E Natal, de beleza natural,
Dunas, Praias, bacias, e como estudo
Casa e memorial Câmara Cascudo
São culturas naquela Capital.
Já possui uma base espacial
Que é chamada "barreira do inferno"
E por meio de método sempiterno,
Se constrói outro novo equipamento
e nas asas no nosso pensamento
E se alcança a mansão do pai eterno

Esmerada cidade João Pessoa
De Américo, de Alcides e de Zé Lins,
Entre as árvores frondosas dos jardins
Um poema de Augusto ainda ecoa
As robustas palmeiras da lagoa
Dão a ti elegância tropical
O seu busto da orla litoral
Se arrepia de amor, ouvindo o cântico
Entoado nas ondas do Atlântico
Sua grande paixão oriental.


E Recife, metrópole nordestina
Na cadência do seu capibaribe
Adormece escutando o beberibe
E acorda com gritos de usina,
Frevo, maracatu e colombina
Aparecem nos novos carnavais.
Está vivo nas páginas dos anais
Quem cantou o torrão pernambucano
Igualmente Olegário Mariano
Um Ascenso Ferreira e outros mais

Maceió, capital alagoana,
Sua Chã de Jaqueira é jóia rara,
Bebedouro, Farol e Pajuçara
Revelando a visão meridiana
Rodeada de praia, coco e cana
É um prato no meio da fartura.
E essa grande riqueza se mistura
Com as coisas que mais admiramos
Só o nome Graciliano Ramos
Encabeça um capítulo de cultura


Vem Sergipe com sua Aracaju
E cada uma cidade sergipana
São Cristóvão, Lagarto, Itabaiana,
Que é o chão do nelore e do zebu,
Mandioca, feijão, milho, caju
E laranjas, do chão fertilizante.
O Sergipe pra mim é importante
Que apesar de Estado pequenino
É um gigante com cara de menino
E um menino com forças de gigante

Salvador é o berço maternal
De Caíme, Caetano, Gal e Gil,
Não conheço outro povo no Brasil
Com o mesmo talento musical
Rui Barbosa foi nosso pedestal,
Castro Alves, poeta condoreiro
Jorge Amado é o grande noveleiro,
Sua fama não pára de crescer
Tem que ser nordestino, pra saber
O valor do nordeste brasileiro.

Coro (o nordeste é meu, o nordeste é teu)

Um comentário:

  1. Parabéns esse é um dos poemas mas bonito que eu conheço um abraço!
    kawzão
    diretor do Bom'nartes
    Grupo de teatro
    Bonito Bahia

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