LP Capim Verdão (Daudeth Bandeira e Benoni Conrado)

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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

A O T E N E N T E L U C E N A (Daudeth Bandeira)

 


 

Amigo das letras, da arte e da música

Simples e sensível como uma criança

Folclorista inato, de primeira linha,

Levava nos lábios o som da modinha

Trazia nos pés o ritmo da dança

 

Tenente Lucena, nosso velho amigo

Amante dos versos, desde rapazola

Sabia julgar rima e poesia

E quando assistia uma cantoria

Se contagiava no som da viola.

 

De grupos folclóricos de nossa cidade

Foi ele um grande organizador

Servindo de mestre para muita gente

E com os trabalhos do nosso Tenente

Muita gente foi ao exterior

 

Forneceu carteira da ordem dos músicos

Aos cantadores profissionais

Que naquele órgão foram incluídos

Hoje vários deles são favorecidos

Com os benefícios previdenciais

 

Xaxados, cirandas, danças pastoris

Ele apresentava com habilidade

Do maneiro-pau ao bumba-meu-boi

O Tenente Lucena, eu penso que foi

Símbolo de cultura de nossa cidade

 

Um dia o Tenente teve que partir

Para obedecer o chamado de Deus

Porém no momento de sua "mudança"

Deixou uma nuvem feita de lembrança

Cobrindo o semblante dos amigos seus

 

Espero que ele seja bem feliz

Das mãos de Jesus receba o troféu

Que faça uma orquestra de harpas e banjos

Que seja aplaudido por todos os anjos

Dançando ciranda nas festas do céu.

domingo, 10 de novembro de 2013

Tempo de calça boca de sino
Daudeth Bandeira (1967)
 Daudeth e Pedro Bandeira (formatura de Analica)

Manoel Galdino Bandeira e Vicente Barbosa (1938)


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Livro mais recente: DIAS D'VERSOS (Daudeth Bandeira e José de Sousa Dantas)

                         



Nova coletânea de cordéis (Daudeth Bandeira e José de Sousa Dantas)


01. BRINCADEIRAS DE CRIANÇA


02. O SANTUÁRIO DA PENHA


03. CENÁRIOS DO INTERIOR: Proezas dos Animais


 04. CENÁRIOS DO INTERIOR: Fatos em Foco
05. CENÁRIOS DO INTERIOR: Seres, Fatos e Natureza em Geral


 06. AS SUPERSTIÇÕES DO POVO


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tributo à Otacílio Batista Patriota 2010

Ao genial “Ota-ota”

Comparado aos pássaros da floresta
Era o gênio amazônico Uirapuru,
O nhambu da caatinga e do cerrado,
E o graúna do curimataú,
O campina, o canário sertanejo,
Numa tarde de chuva, o doce arpejo
Do carão apitando numa grota.
Vozerão cem por cento genuíno,
Pássaro lírico, poético, nordestino,
Otacílio Batista Patriota.

Descrevendo a origem do repente
Otacílio Batista fez de tudo,
Qual um Silvo Romero no Sergipe,
E em Natal Luiz da Câmara Cascudo;
Qual Sobrinho com Átila em Campina,
Com Linhares na terra alencarina
Ele fez como Leonardo Mota,
Cujas páginas de sua Antologia
Discriminam as coisas que dizia
Otacílio Batista Patriota.

Otacílio também teve um império
Fez igual Gengis Khan lá da Mongólia
Que mandou na metade do Oriente
Desde os reinos da China à Anatólia!!!
Otacílio imperou sessenta anos
Junto a Dimas e Louro, seus dois manos
Cujas famas o tempo não esgota;
Há de sempre existir no Universo
Uma frase, um repente, um grito um verso
Da família Batista Patriota.

Daudeth Bandeira
04/08/10

terça-feira, 9 de março de 2010

Suplicanção

Daudeth Bandeira

Não é uma estrela nem é um cometa,
Não é um discurso nem é um sermão,
É a poesia deusa do sertão!
Na vanguarda de cuidar do planeta!
Desviar o raio ultravioleta,
Apagar queimadas da aba da serra,
Cegar o machado e a moto-serra
Para inibir o desmatamento,
Livrar o planeta do aquecimento,
Lavar o espaço e salvar a terra!!

Margear de flores o velho caminho!
Ajudar a abelha a fazer o mel,
Como o cão de caça, amigo fiel,
Que não deixa o dono na mata sozinho!
Ver o João-de-barro construir o ninho
No pé de ingazeira perto do oitão!
Rever o vaqueiro vestido em gibão,
Ouvir o gemido do carro-de-boi!
Voltar ao que antigamente foi,
Deixar a cidade e morar no sertão.

Levar uma vida pacata e serena,
Preservar as fontes de nossa cultura,
Ter o cordel como a literatura
Mais original romântica e amena!
Assistir à missa, o culto, a novena,
E não descuidar da religião!
Respeitar a nossa Constituição
Na aplicação dos nossos alcaides,
Viver sem estresse sem ódio e sem adis,
Sem droga, sem câncer, sem poluição!

A Árvore Geneológica da Arte da Cantoria

Daudeth Bandeira

A poesia descende
De gregos, turcos e árabes,
Hebreus, egípcios, romanos,
Berberes, celtas e moçárabes,
Germanos e visigodos;
Se tem gene deles todos,
Não é só uma etnia!
Eis aí a grande lógica.
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria!

A audição de um poema
Remete-nos ao período,
Da “odisséia” de Homero,
E “cosmogonia” de Hesíodo;
Hexâmetros feéricos
Dos belos hinos homéricos;
E a grande “teogonia”,
Exaltação mitológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

“O épico de Gilgamesh”,
“Os diálogos de Platão”
O livro “cântico dos cânticos”
Escrito por Salomão!
A “Eneida” de Virgílio,
E o mais erudito idílio
Nos saraus de Alexandria,
São a tábua pedagógica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

Os acrósticos egípcios,
A canção dos beduínos,
Os versos oraculares
Dos compêndios sibilinos,
Os poemas dos astecas
Incas, maias e toltecas,
Entranhados de magia.
Uma fusão astrológica,
Na árvore genealógica
Da arte da cantoria.

O trovadorismo surge
No sul da França e Espanha,
Vai de Portugal à Itália,
Da Holanda à Alemanha.
Do chão da península ibérica
Partiu para cada América,
Um exemplar uma cria
De raiz etiológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.

Na América do Sul,
No nordeste do Brasil,
Germinou, brotou, cresceu
Num glorioso perfil.
Repentistas cantadores,
Vates improvisadores,
Herdaram da poesia
Sua parte biológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
FIM

terça-feira, 19 de maio de 2009

CORDEIS de Daudeth Bandeira

" Sonho de Leandro"
Homenagem ao maior cordelista do Brasil
LEANDRO GOMES DE BARROS

(Daudeth Bandeira)

"O reino de Antenor & a sombra do Jatobá"
Pugna (desafio) entre dois grandes Poetas
cada um em defesa de sua terra natal:
Antenor (São joão do Rio do Peixe/PB)
Jatobá- (São josé de Piranhas/PB)

(Daudeth Bandeira & Wergniaud Breckenfeld)


"Manicure"
Mãos de veludo a fascinar o cliente.
(Moda cordelizada de maneira irreverente)

(Daudeth Bandeira)



"Amor bebido na fonte"
apologia à obra de Ronaldo Cunha Lima

(Daudeth Bandeira)

"Mãe solteira"
Análise sobre os políticos em a relação política
(Daudeth Bandeira)

"Estrófes Evangélicas"

(Daudeth Bandeira)

"A Natureza"
fica ainda mais bela quando
retratada com rimas e metáforas

(Daudeth Bandeira)

"A Fome"
A fome que acarreta a delinquência

(Daudeth Bandeira)











segunda-feira, 11 de maio de 2009

PÁSSARO SANTO!

Daudeth Bandeira


Trina, pia, estala no galho da planta;

Num galho de planta trina, pia estala;

Não sei se ele fala se ele chora ou canta.

Acho que ele canta, ele chora e fala!


Só sei que é uma criatura santa,

Criada por Deus, que ao criá-la

Já colocou clave, acorde e escala

No conservatório de sua garganta!


Ele está acima de qualquer pessoa!

Quando quer caminha; quando não quer, voa!

Pousa no mais alto galho de arvoredo.


Tem asas de anjo, voa como alma,

Santo passarinho! Pensando com calma,

Essa Natureza tem cada segredo!!!