Amigo das
letras, da arte e da música
Simples e
sensível como uma criança
Folclorista
inato, de primeira linha,
Levava nos
lábios o som da modinha
Trazia nos pés
o ritmo da dança
Tenente Lucena,
nosso velho amigo
Amante dos
versos, desde rapazola
Sabia julgar
rima e poesia
E quando
assistia uma cantoria
Se contagiava
no som da viola.
De grupos
folclóricos de nossa cidade
Foi ele um
grande organizador
Servindo de
mestre para muita gente
E com os
trabalhos do nosso Tenente
Muita gente foi
ao exterior
Forneceu
carteira da ordem dos músicos
Aos cantadores
profissionais
Que naquele
órgão foram incluídos
Hoje vários
deles são favorecidos
Com os
benefícios previdenciais
Xaxados, cirandas,
danças pastoris
Ele apresentava
com habilidade
Do maneiro-pau
ao bumba-meu-boi
O Tenente
Lucena, eu penso que foi
Símbolo de
cultura de nossa cidade
Um dia o
Tenente teve que partir
Para obedecer o
chamado de Deus
Porém no
momento de sua "mudança"
Deixou uma
nuvem feita de lembrança
Cobrindo o
semblante dos amigos seus
Espero que ele
seja bem feliz
Das mãos de
Jesus receba o troféu
Que faça uma
orquestra de harpas e banjos
Que seja
aplaudido por todos os anjos
Dançando
ciranda nas festas do céu.